RECADINHO DA DIRETORA GISLENE
PROFª NATHANY
Atividade: Querida
criança, faça uma ilustração da
história, desenhe as partes que mais gostou, não esqueça de dar um colorido bem
bonito para o desenho. Capriche!
Diário de Registro de
Atividades Escolares Remotas
Etapa: 1º Período da Educação
Infantil
Professora: Nathany
Maria Cruvinel da Matta Silva
Data da Atividade: 30/07/20
Campo de Experiência: “O
Eu, o Outro e o Nós” - “Escuta,
Fala, Pensamento e Imaginação” - “Traços, Sons, Cores e Formas”.
Temática da Aula: As
Terras de Maria Ausente.
Objeto do Conhecimento: A
história da cidade de Sacramento.
Habilidades: Despertar
nos alunos o interesse pela nossa cultura e o desejo de participar dela; Desenvolver
o senso de pertencimento, respeito a coletividade e valorização de sua terra
natal.
Competências:
(EI03EO06)
Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
(EI03EO01) Demonstrar
empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos,
necessidades e maneiras de pensar e agir.
(EI03EF01)
Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da
linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras
formas de expressão.
(EI03TS02)
Expressar-se livremente por meio de desenho, pintura, colagem, dobradura e
escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais.
(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no
atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.
(EI03ET06)
Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história
dos seus familiares e da sua comunidade.
Recurso Didático:
Computador ou celular para assistir a
aula;
Folha de sulfite ou caderno.
Giz de cera ou lápis de cor;
Desenvolvimento:
- Inicio a aula comentando sobre o aniversário de 200 anos de
nossa cidade.
- Conto a história da fundação de Sacramento, resumo feito depois
da minha leitura do livro As Terras de Maria Ausente, escrito pelo historiador
Amir Salomão Jacob.
Resumo:
As terras de Maria ausente
Maria era
uma moça de cabelos loiros como a flor do Ipê e olhos azulados, a mais nova dos
9 filhos de Thereza, era uma moça cheia de vida e muito prendada. Todos a
saudavam por Sinhazinha, ela tinha um sorriso puro e muito amor pelas crianças.
Maria cantava cantigas de roda, cuidava dos pequeninos e inventava brinquedos.
Todos gostavam tinham por ela um carinho especial.
A mãe de
Maria que já era velhinha, morreu, numa tarde chuvosa de março, entre lágrimas
e dor, Maria deu adeus a sua mãe, de quem recebeu herança, mas depois desse
dia, Maria andava triste e já não era mais vista cantando.
Talvez
por isso partiu sem nada, sem avisar ninguém, numa madrugada fria, só se ouviu
o tropel desenfreado de um alazão no meio da noite, e um lencinho branco de
seda, perfumado de manjericão caído no chão.
Maria
nunca mais foi vista, anos se passaram.
Ela deixou pra trás todos os seus pertences, entre eles um pedaço de
terra ao sul do Ribeirão Borá.
A terra
de Maria foi muito cobiçada, por que faiscadores, viram pontos de garimpo nos
ribeirões que a cortavam, o mais volumoso, abrigava em suas margens centenas de
colmeias de uma abelhinha minúscula, que produzia um mel um tanto amargo, as
abelhas borá. Os garimpeiros que se aventuravam a procurar ouro ali, se
referiam a ele como Ribeirão das Abelhas Borá - Ribeirão Borá.
Há 200
anos, só existia o freguesia do Desemboque, onde morava o Capitão Manoel
Ferreira de Araújo e Souza, um abastado fazendeiro, ele era casado com Joaquina
Rosa de Sant’Ana e pai de 9 filhos.
O filho
mais velho Cônego Hermógenes Cassimiro de Araújo Brunswik, era o vigário do
arraial do Desemboque.
Em meados
de 1812, acompanhado do bandeirante Major Antônio Eustáquio da Silva e
Oliveira, após um dia e meio de viagem, eles abeiraram o Ribeirão Borá, onde
encontraram garimpeiros, alguns conhecidos do seu arraial. Ali o vigário, com
ajuda de todos, ergueu um cruzeiro, no lado esquerdo do ribeirão e rezou a
primeira missa do lugar. Em torno desse cruzeiro começou a se formar uma nova
povoação.
O vigário
seguiu viagem, pelas fazendas até a Capela de Uberaba. Desde então,
periodicamente, ele refazia a viagem para ministrar os sacramentos e celebrar
missas.
A viagem
levava 4 dias e era exaustiva. Na margem esquerda do Ribeirão Borá, o vigário
desejava construir uma capela, num ponto ideal, à 70 km do Desemboque e 78 km
da Matriz de Uberaba, bem nas terras da ausente Maria, e ele desejava fundar
ali um oratório, por ser um ponto de convergência de seus fiéis.
Cônego
Hermógenes, pediu a seu pai que arrematasse as terras da ausente, quando elas
foram a leilão, ele tinha certeza de que as obteria e escreveu uma carta ao
bispo de Goiás, pedindo autorização para fundar um oratório dedicado ao
Santíssimo Sacramento, com pretensão de ser uma futura capela que serviria de
“pasto espiritual” para os moradores da região.
No dia 09
de julho de 1819, o pai do vigário, o Capitão Manuel Ferreira de Araújo e
Souza, arrematou a pedido do filho, as terras de Maria Ausente e dias depois a
resposta de Dom Francisco Ferreira e Silva autorizando a construção do oratório
chegou ao Desemboque.
Quando a
escritura foi lavrada, o Capitão Manuel e sua esposa doaram de imediato as
terras para a construção do patrimônio da Capela do Santíssimo Sacramento. E o
vigário mais uma vez escreveu uma carta ao bispo e pediu autorização para
fundar uma Capela Curada, agora com patrimônio próprio.
O bispo
remeteu a carta ao Rei Dom João VI, que pessoalmente autorizou a fundação da
capela para ser “Pasto espiritual em bem das almas”, independente da Matriz do
Desemboque.
No dia 24
de agosto de 1820, numa manhã ensolarada de quinta-feira toda a população do
arraial do Santíssimo Sacramento viu oficialmente o oratório se transformar em
capela.
E dali
aos poucos surgiu a cidade do Santíssimo Sacramento sob o Patrocínio de Maria,
que mais tarde levaria o nome apenas de Sacramento, legado de Cônego Hermógenes
Cassimiro de Araújo Brunswik.
Enfim, a
razão do Destino de Maria. Partiu em uma madrugada fria, sem seus pertences,
sem seus parentes, sem aviso prévio, tornou-se ausente para que houvesse a
formação de um povo. Bendita seja a sua memória.
Atividade: Querida criança, faça uma ilustração da história,
desenhe as partes que mais gostou, não esqueça de dar um colorido bem bonito
para o desenho. Capriche!
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Avaliação: Através de vídeos e fotografias das atividades
realizadas em casa para verificação da participação e interesse.
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